sábado, 28 de maio de 2011

A VIDA MORRIA EM MIM

Vivia meus dias, dias de agonia.
Noite em busca de alcool e orgia.
Numa falta de paz vivia...
-Mas essa vida em mim morria!-

Por momentos satisfação encontrava.
-Me mentia, simplesmente me enganava!-
Mas depois desses fugazes momentos,
Voltavam os tormentos, sofrimentos.

Mas um dia alguém a mim se chegou,
Da Paz, do Amor, da Alegria falou...
Sua voz minha mente alcançava,
Mas meu coração não escutava.

Ela não desistiu e comecei a sentir:
Sem explicação meu coração quiz ouvir!
Comecei a ir, onde as almas se ajuntavam.
-Foi nessa casa onde ao Senhor cultuavam-

No meio das almas em oração,
Um fogo abraçou meu coração.
Era um fogo que não queimava!
Ardia mas o fogo não magoava!

Uma voz dentro do meu peito saiu,
Uma voz muda que todo meu eu sentiu...
-Nunca antes tinha sentido nada assim-
Um grito mudo dizia: "Vem a Mim!!"

Nessa hora tudo que tinha ouvido,
De repente fazia sentido...
Nessa hora meus olhos se abriram,
Os meus ouvidos escutaram.

O meu coração não mais duvidou,
Todo seu passado viu, e entåo chorou.
A Jesus se entregou, e se quebrantou...
Por fim a desejada Paz encontrou.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PARA MEU SENHOR

Meu Pai, meu Senhor, meu Tudo, meu Deus.
Criador da vida, da terra e dos céus.
Te entrego humildemente meu coração,
Minha vida, meu eu entrego na Tua mão.

Meu Pai, quero ser um dos filhos Teus,
Me perdoa minhas falhas, erros meus.
Apaga o passado pecaminoso,
Me recebe em Teu regaço amoroso.

Quebra este vaso, pedaços recolhe...
Mau barro queima, o bom barro escolhe.
Pai num novo e melhor vaso molda-me.

A nova vida em abundância da-me.
Que Tua vontade seja feita em mim,
Pois sei que nela esta meu melhor fim.

>>> Nilton Nascimento
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terça-feira, 24 de maio de 2011

PARA MEU SENHOR X

Vivia num mundo de ilusão e de dor.
Feudo do impuro principe enganador.
Eu, alcalde d’um castelo de cristal,
Feito com alicerces num areal…

Eu vivia sem saber que era sofredor
Num mundo de mentira ilusionador…
Comia um manjar saboroso mas letal,
Vivia morto numa estampa de postal.

Mas um dia, a Verdade se revelou
Abriu meus olhos, a Vida me mostrou.
O castelo de cristal então caiu

E com ele toda a mentira ruiu.
O Caminho, a Verdade, e a Vida
Encontrei para minha alma perdida…

E desejo para ti irmão que Jesus,
Nas trevas mostre a vida com Sua Luz.

PARA MEU SENHOR VIII

Em Ti Pai deposito minha vida,
Meus problemas, medos, minhas aflições.
Restaura-me também das desilusões…
E cura a minha alma enfraquecida.

Abre toda a porta, mostra-me a saída…
Pois como Sabes por minhas confições,
Meus choros, gritos, clamores e orações,
É minha caminhada tão sofrida!

Pai sopra-me uma brisa, um bom vento,
Que me dê bom animo, novo alento…
Me ajuda nesta minha caminhada,

E não me deixes nunca sair da estrada.
Te peço não por ser eu merecedor…
Mas porque sei sim, que Tu Pai, és amor.

PARA MEU SENHOR IX

Quando não Te vê, não te alcança meu olhar,
Meu Norte se perde, se desnorteia…
(Confuso te procuro), se tonteia…
Meus polos acabam por se baralhar.

Se meu astrolábio já não Te ve brilhar,
Numa cordilheira de estrelas cheia,
Meu “quem sou” no nada se serpenteia
Procurando ver Teu brilho fervilhar.

Sem Ti não há terra, agua nem o ceu azul,
Nem Oeste, nem Este, nem Norte ou Sul…
Sem Ti simplesmente fico perdido

E ao desejo de Te encontrar rendido,
Te procuro dia e noite, noite e dia
Pra dar aos pontos cardeais sintonia.

PARA MEU SENHOR VII

Aqui a Teus pés, por amor e adoração,
Dispo perante Ti, o meu coração…
Eu Te entrego sua espada, o seu escudo,
De toda sua fria armadura o desnudo…

Retiro sua bandeira, ou marcação
E todo rasto de sua designação…
Em Tua mão o deixo, p’ra ser revestido.
Com tuas cores eu o quero ver vestido.

Mas não com armaduras de aços frios,
Nem com as “belas” sedas dos gentios,
(Pois melhor p’ra mim ficar nu seria).

Reveste ele com vestes de alegria,
Humildade, compaixão, temor, clamor,
Sabedoria, adoração, fé, e amor.

PARA MEU SENHOR VI

Sou… humano, sou falha, sou pecador…
Á mercê do maligno, do enganador.
E mesmo na procura da perfeição,
Há malignos manjares, ou tentação.

Tento não sair da estrada da retidão
Mas ás vezes tropeça meu coração.
(Me empurra, o inimigo, o tentador.)
Se balanceia, tropeça e sente dor.

Ás vezes da boa estrada salto e saio.
Ás vezes eu tropeço, também caio…
Sem forças p’ra levantar triste eu choro,

E chamo por meu Pai, ajuda imploro…
E por misericórdia amor compaixão,
Me agarra a mão, me tira deste chão…

PARA MEU SENHOR V

São tantos os rios que cruzar, tantas barreiras.
Tantas muralhas que saltar, tantas fronteiras.
Tanta indicação pra deste caminho sair,
Tantas luzes e festas para me distrair.

Presentes e promessas e oferendas traiçoeiras…
Ofertas de encher estas minhas algibeiras.
Na berma são manjares, ouros pra me atrair,
Para me poder fazer deste caminho cair.

Tenho medo de parar, e ficar sentado…
Medo de perder forças e ficar cansado.
Ter fome e dos manjares ser mais um provador.

Por isso peço Deus meu, meu Guia, meu Provedor
Que nunca jamais me falte Teu alimento,
Tuas poderosas forças, em nenhum momento.

PARA MEU SENHOR IV

A Vós humildemente peço companhia,
Que não me abandoneis seja noite, ou dia…
Acompanhaime, no caminho que vou a afrontar.
A Vós quero, se sentir cansaço, me encostar.

Se a Sede, tocar minha boca em euforia,
Daime da agua da fonte da Sabedoria…
Se a Fome, em meu corpo se manifestar
Da Vossa Justiça, e Amor quero me alimentar.

Se meus olhos se fecham na hora da indicação,
Mostrai, com Luz do Vosso Perdão, a direção…
E no frio, com um manto de Temor Tapaime.

No desanimo, com a Palabra animaime…
Deus Sê meu escudo, Jesus Sê Tu minha espada,
Guardaime do mal todo, nesta caminhada.

PARA MEU SENHOR III

Cada minuto mais fundo, eu caia.
Por um abismo de agonia descia…
A cada dia mais perto da escuridão,
Longe da Luz, mais longe da salvação.

Lá no fundo, um fogo me sorria,
Seu calor, cada vez mais eu sentia.
O céu olhava com desesperação,
Queria, a brisa sua, em minha mão.

Nessa minha rápida, triste caída,
A esperança, eu já a tinha perdida.
Só tinha nas entranhas desalento…

Mas um dia veio, um forte e fresco vento
Que me abraçou, me subiu, e me elevou.
E do fundo desse abismo me salvou.

PARA MEU SENHOR II

Criaste chuva, sol, campos, plantas, flores…
Céu, estrelas, os ventos, até cores…
(Tu nos amarás, amas, nos amaste).
Só pra nada nos faltar tudo Criaste…

Teu grandioso amor, é o maior dos amores,
(Com Seu Sangre lavaste nossas dores),
Por amor Teu Primeiro nos enviaste,
Na cruz, por nós Seu sangre derramaste…

Para que fossemos com ele lavados,
Limpos de nossa traição e dos pecados.
Tão grande coisa, quem por nós faria?!

Quem por ti a vida… do seu filho daria?!
Alguém te amou, um dia, mais do que amou Ele?
Encontrarás tu, maior amor que o Dele?

PARA MEU SENHOR I

Oh Jesus, irmão meu, Sê meu lenhador…
Das raízes deste mundano pecador
Corta-me, das raízes más separa-me…
E deste infértil mau chão, arranca-me.

Quando, ao chão cair, serás transportador,
Pois sei que Tu és acolhedor, zelador…
Da seiva má com teu calor seca-me.
E da agua das tempestades guarda-me.

Quando este tronco, for já preparado,
Pronto e da má seiva separado,
Molda este tronco com Tua sabia mão…

Molda-me, à Tua boa imagem bom irmão.
Para terminar, pinta-me de clamor,
Compaixão, fé, humildade, e de amor…